Triste fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

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"Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, é um dos romances mais importantes da literatura brasileira, publicado em forma de folhetim em 1911 e como livro em 1915. A obra é uma crítica social profunda e irônica ao Brasil da Primeira República, marcada por nacionalismo ingênuo, burocracia ineficiente e injustiças sociais.

🌿 Enredo

O protagonista, Policarpo Quaresma, é um funcionário público e nacionalista fervoroso. Sonhador e idealista, ele acredita profundamente na valorização da cultura brasileira. O romance é dividido em três partes, cada uma mostrando uma fase de sua desilusão com o país:

  1. Primeira Parte – O Nacionalismo Ingênuo
    Quaresma tenta oficializar o tupi-guarani como língua nacional. Isso o torna motivo de escárnio entre seus colegas e vizinhos e o leva à internação em um hospício, pois todos o consideram louco.

  2. Segunda Parte – A Experiência Agrícola
    Desiludido com a cidade, Quaresma muda-se para o interior para viver da agricultura. Mas enfrenta a corrupção, a burocracia e a falta de apoio às iniciativas rurais, o que destrói seu sonho de progresso pelo campo.

  3. Terceira Parte – A Desilusão Política
    Durante a Revolta da Armada (1893-94), Quaresma apoia o presidente Floriano Peixoto, achando que ele salvaria o Brasil. Porém, ao ver a repressão brutal e a injustiça do governo, escreve uma carta denunciando os abusos. É preso como traidor e executado sem julgamento, selando seu “triste fim”.

🧠 Temas principais

  • Nacionalismo e utopia: Quaresma acredita num Brasil idealizado, mas seu amor pela pátria o cega para a realidade dura do país.

  • Crítica social e política: A obra denuncia o autoritarismo, o clientelismo, o racismo e o atraso das instituições brasileiras.

  • Ironia e pessimismo: Lima Barreto usa uma linguagem acessível, irônica e mordaz para mostrar o abismo entre o ideal e a realidade.

📚 Estilo e importância

O livro é um marco do pré-modernismo, movimento de transição na literatura brasileira que antecipa o modernismo de 1922. Lima Barreto rompe com a linguagem formal da época e dá voz às classes populares, às periferias e aos excluídos.


Capa: Sem rabiscos ou manchas.
Páginas: Sem rabiscos ou manchas.
Condição: Usado